quarta-feira, 1 de agosto de 2012

NÃO HÁ NINGUÉM EM CASA



Todos os dias eu via o sofrimento 
e marcas da velhice estampada na face de alguém,
Ao nascer a natureza me expulsou
 do útero materno para a vida
Eu chorava e alguém se alegrava com isso.

Ao morrer retoramos a um útero
frio de um caixão.

Não chorei, mas alguém chorou por mim,
Mas eu ainda deitei minha cabeça sobre a água
Alguém está perto de mim? 
Alguém irá levar-me de volta?

E se eu chorei, minha mãe não estava 
lá para ver minhas lágrimas se indo junto a chuva.

Eu gritava, mesmo sem voz,
Eu sorria, mesmo chorando,
Eu ajudava, mesmo precisando de ajuda.

Mas eu precisei levantar-me 
de onde eu estava deitada,
Para voltar a seguir minha jornada.

Mas eu ainda sim bati na porta,
mesmo sabendo que
NÃO HÁ NINGUÉM EM CASA...


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