quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mar Tenebroso


O vazio que me inunda é preenchido
pelas águas negras do pesar,
Mas nesse mar dou-me por vencida.
Quero no dilúvio me afogar.

O mar tenebroso tem a vida
Dos mil ecos de lamentações,
E eu velejo em sua treva proibida
Entre as névoas da assombrações.

Tenho como guia sua maldição,
Ela vive na morta canção
E eu sigo o seu terrível chamado.

Tão profundo mar, além de mim,
É o meu próprio abismo, não tem fim,
Abriga o que eu tenho me tornado.


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